sábado, abril 15, 2006

Pra ti

Pra ti, que ainda não conheço
e levo como referência
as conversas que temos,
guardo um pouco da minha carência
e das palavras que não proferi;
e temo dizer que espero o mesmo
de ti.
E se nos conhecermos um dia,
ainda que distante,
espero que haja a euforia
de um dia relevante,
e que se desdobre
em cores vibrantes
a verdade na qual te vejo.

Pra ti, que não virou sinceridade,
eu lhe escondo a vaidade
e mostro meu anseio,
pra que haja sanidade
neste enorme devaneio;
onde parece que nos perdemos
antes de nos encontrar
e fantasiamos o desejo
na vontade de amar.

E eis que então, bravo e bandido
hei de criar o infinto
só pra esperar.
Pra ti,
que se não há distâncias,
somos dois velhos conhecidos
deixaremos tão aflitos
nosso medo de não amar.
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Com muito carinho, meu menino...